Fotogaleria
Toda a gente está a falar da Gronelândia. É assim que a ilha é
A Gronelândia pode tornar-se independente se os seus habitantes quiserem, mas é improvável que se torne um Estado norte-americano, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Dinamarca na quarta-feira, depois de o Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ter assumido a hipótese de recorrer à força para assumir o controlo da ilha árctica.
Quando a Gronelândia ainda era uma colónia, os Estados Unidos, sob o comando do então Presidente Harry Truman, tentaram comprar a ilha como um bem estratégico durante a Guerra Fria por 100 milhões de dólares em ouro, mas Copenhaga recusou a venda.
Se a Gronelândia se tornar independente, poderá optar por se associar aos Estados Unidos. Embora a maioria dos habitantes da Gronelândia deseje a independência, poucos vêem a independência total como viável, dada a sua dependência económica da Dinamarca, que faz parte da rica União Europeia.
A ilha, cuja capital Nuuk fica mais perto de Nova Iorque do que a capital dinamarquesa Copenhaga, possui riquezas minerais, petróleo e gás natural, mas o seu desenvolvimento tem sido lento. No total, a Dinamarca gasta quase mil milhões de dólares por ano na Gronelândia.
A economia da Gronelândia depende da pesca, que representa mais de 95% das exportações, e dos subsídios anuais da Dinamarca, que cobrem cerca de metade do orçamento público.
Quando questionada sobre o interesse renovado de Trump na ilha, na terça-feira, a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, disse: “Precisamos de uma cooperação muito estreita com os americanos. Por outro lado, gostaria de encorajar toda a gente a respeitar o facto de os gronelandeses serem um povo, o seu país, e só a Gronelândia pode determinar e definir o futuro da Gronelândia."
Uma visita (curta) à ilha, em imagens da Reuters.